Foi a partir de 2003 que o mundo começou a conhecer as redes sociais virtuais. Hi5, MySpace, Facebook e Twitter (algumas das mais famosas) entraram na vida de milhões de jovens e assumiram uma importância quase vital na sua vida social.
Estas redes sociais funcionam através da criação de um perfil para cada utilizador. Nesse perfil, o usuário pode partilhar informações pessoais, como o local de residência e de estudo/trabalho, gostos, interesses e hobbies, fotografias, vídeos e músicas com amigos que possuem os seus próprios perfis online.
O “perfil” torna-se com estas plataformas uma das palavras de ordem da actualidade. “Toda a gente” tem um perfil online, uma identidade virtual a que os outros podem ter acesso e conhecer através das nossas características e das nossas preferências que nós mesmo disponibilizamos para quem quiser ver.
A maior parte dos utilizadores das redes sociais utilizam-nas como um complemento das relações interpessoais offline ou para interagir com pessoas com as quais havia perdido o contacto. O tipo de utilizador mais comum, normalmente adiciona apenas pessoas que conhece realmente.
Raquel Recuero aponta rede social como interacção, como troca social e enfatiza o facto de nunca, como hoje, se ter conhecido e interagido tanto com pessoas diferentes. O motivo está nestas redes sociais.
De acordo com o tipo de utilização que faz da rede social, o utilizador pode ser inserido numa de quatro categorias. Pode ser o utilizador “em contacto”, “o voyeur”, o “sociável” ou “o curioso”.
O último é aquele que menos utiliza a rede social, que se registou por curiosidade mas que pouco depois perdeu o interesse nela, não sendo um utilizador assíduo. O voyeur não tem uma participação muito activa na rede social, mas liga-se à rede para “espreitar” o perfil e as actualizações dos outros utilizadores, não deixando comentários nem publicando ou actualizando o seu perfil. O usuário “em contacto” é o tipo de utilizador que usa o serviço esporadicamente, interage ocasionalmente com usuários seus conhecidos e não procura pessoa novas. Já “o socialvel” é o utilizador mais assíduo da rede, actualiza constantemente as suas informações, publica video, músicas, textos e outros conteúdos, aceita como amigos pessoas que não conhece e socializa com essas pessoas, acabando por usar a rede social não apenas como complemento da interacção com as pessoas já suas conhecidas, mas aproveitando as suas potencialidade como meio para fazer novos amigos.
Neste tipo de plataformas não se coloca a questão da utilização de identidade alternativas de forma tão acentuada como no IRC, pois o anonimato é quase impossível, dado que é algo precisamente contrário ao objectivo das redes sociais. No máximo, o que se pode verificar é uma tentativa por parte do utilizador de mostrar ser uma pessoa que não é, através daqueles que diz serem os seus hobbies e interesses.
Sem comentários:
Enviar um comentário